SENSORIUM COMMUNE, ou simplesmente SENSORIUM. Aristóteles, além dos sentidos particulares que nos dão conhecimento das qualidades particulares dos corpos, tendo reconhecido um senso comum que nos instrui sobre suas qualidades gerais e onde se reúnem os dados dos outros sentidos, atribuiu também a esse senso comum um órgão ou uma sede comum; e é esse órgão, cuja ideia foi conservada depois dele, que recebeu o nome sensorium (texto em grego, p. 1593, ilegível). Mais tarde, compreendeu-se sob esse nome a sede da alma integral. Segundo o filósofo grego, é o coração que, em todos os animais sanguíneos e por conseguinte no homem, é o órgão central, a sede do senso comum ou do princípio mesmo da sensibilidade, da alma sensitiva. Para os filósofos modernos, o sensorium é o cérebro. Descartes quis determinar a parte exata do cérebro onde a alma tem sua residência e onde ela encontra todas as imagens sensíveis: ele supõe que é a glândula pineal, conarium. Outros deram a preferência quer aos ventrículos do cérebro, quer ao corpo caloso, quer ao centro oval. Newton representou o universo como o sensorium de Deus. Ver A. Lemoine, L’Âme et le corps, [A Alma e o Corpo], Paris, 1862, in-12.
(Extraído do Dictionnaire des Sciences Philosophiques, 2ª ed. Paris, 1875. Traduzido por Maria Leonor Loureiro, para o GEAK.)